quinta-feira, 21 de junho de 2012


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(RIO+20)  -  A  BABEL  DA  SUSTENTABILIDADE

A embromação internacional da sustentabilidade, vai a todo vapor, para lugar algum, após cinco dias de extensos debates filosóficos de egos e de vaidades inflamados, chegou-se finalmente a um rascunho final, com propostas para serem apresentadas aos chefes de estado reunidos (vejam que tolice), que podem alterar, suprimir ou mesmo excluir textos, de uma a todas as propostas do tal rascunho final.


É como se você participasse de uma Conferência Internacional, e só fosse descobrir o que realmente vai ser apresentado, depois de cinco dias do início ao evento. O assunto é sustentabilidade. Porém ninguém sabe especificamente o que, ou quais os interesse deverão ser discutidos.


Vitrine Internacional de pesquisas básicas por demais conhecidas, e soluções já descartadas pelo investimento financeiro internacional, apresentam-se como soluções milagrosas. Querem investimentos, os governos dizem não.


A presidenta Dilma, como poderosa anfitriã, viu-se alçada a condição de presidir a conferência, o que caberia naturalmente a Ban Ki-Moon. Dilma acabará sendo o bode expiatório dos sócios americanos e europeus, além de poder tornar-se persona non grata das ONG´s insustentáveis e insatisfeitas. O grande interesse dos mais ricos é que a responsabilidade pelo equilíbrio/sustentabilidade do planeta fique a cargo do Brasil (mais que piada). A Alemanha quer austeridade, os economistas generosos querem investi-mentos subsidiados aos países ricos, que sem ativos ambientais, clamam pela floresta amazônica, o aquífero guarani e a bacia hidrográfica brasileira, além disso tudo, querem ficar sem nenhuma responsabilidade no chamado equilíbrio sustentável.


Positivo só a denúncia de que os subsídios internacionais ao agro-negócio chegam a um trilhão de dólares por ano. Uma parte substancial desses subsídios deveriam ser usados em sustentabilidade, seria a salvação da RIO+20.


Para concluir o rascunho final, porque se sabe que nada vai ser discutido ou resolvido agora, cogita-se que daqui a dois anos em 2014, voltariam os turistas sustentáveis, para a concretização desse bendito documento.

Provavelmente, em plena copa do mundo!

 P.S. - A conclusão do rascunho final, foi adiado para o ano de 2015, em 2014 todos os hotéis já possuiam reservas para a Copa do Mundo. Ufa!!!


sábado, 16 de junho de 2012



O CÓDIGO DA VIDA  x  JACQUES WAGNER

O Código da Vida livro do jurista Saulo Ramos, envereda pelos caminhos tortuosos do direito no Brasil, ele vai oferecendo petiscos dos enredos da república, e entre as suas muitas histórias, uma faz referência direta ao episódio da renúncia do ex-presidente Jânio Quadros, e a embrulhada constitucional em que o mesmo envolveu-se.


Jânio inspirado por De Gaulle, renunciou a presidência da república, pensando que voltaria ao cargo nos braços do povo.


Conta Saulo Ramos que Jânio Quadros aconselhado por advogado inexperiente em direito constitucional (no caso Pedroso Horta) “que jurava por Deus ser necessária a aprovação do Congresso Nacional, no caso de renúncia do Presidente da República”, renunciou, viu-se o presidente envolvido na maior trapalhada constitucional de todos os tempos no Brasil.O mundo inteiro sabe o que nos aconteceu depois. 


Nosso alcaide-mor Jacques Wagner tem sentido na pele o que uma assessoria inepta pode provocar de desgaste e comprometimento na trama narrativa que se desenrola nos bastidores da governadoria em Ondina.

Primeiro: O governador viajou a Cuba no início de uma crise com a Polícia Militar da Bahia acreditando que estava tudo bem. O Galego como bom sindicalista, experiente e vivido, parece que perdeu o ponto da cocada, que ele aprendeu a fazer tão bem no movimento sindical da Bahia, pois em vez de delegar, deveria ele mesmo ter conversado com a tropa e suas lideranças e ter evitado um desgaste ao estado, aos militares e ao povo da Bahia.


Segundo: O governo da Bahia assinou com os professores do estado um acordo de intenções, mal produzido e mal interpretado, e ao que tudo indica selado e sacramentado pela assembleia legislativa do estado, que resulta numa greve longa e com desfecho imprevisível.

Costuma-se chamar de instabilidade jurídica a esses impasses, onde o direito é ameaçado na sociedade, inclusive o direito dos alunos assistirem suas aulas. É como se o direito não existisse. Mas em tempos de convulsão eleitoral, tudo é permitido.

Agora a cocada do Galego perdeu o ponto e esfriou na panela, onde os pais, os alunos e os eleitores a consumirão requentada pelos candidatos na nossa  próxima convulsão eleitoral.

A Bahia é de todos nós?