quinta-feira, 30 de agosto de 2012




A MÃE DO OURO – PARTE 1

A Mãe do Ouro permeia o imaginário popular desde a Península Ibérica dos colonizadores, até o Brasil presente. A lenda chegou ao Brasil provalvemente com os portugueses e adentrou o universo rural e indígena do nosso povo pela oralidade dos primeiros brasileiros. Em diversos estados, Bahia, Minas Gerais, Goiás e chegando ao Mato Grosso existem relatos coletados sobre a lenda da Mãe do Ouro. Pelo menos duas versões povoam esse imaginário, embora para quem viva da esperança do encontro inesperado de algum tesouro perdido, a Lenda da Mãe do Ouro tem forte vínculo com a sua própria verdade.

*A primeira versão conta que existia em Portugal uma jovem rica que foi seduzida por um jovem, que pediu para que esta moça colocasse todo o seu tesouro num baú e fugisse com ele para o Brasil.Quando os dois desembarcaram em terras brasileiras, casaram-se. Porém, alguns dias depois do matrimônio, o homem matou a esposa e a enterrou dentro de uma caverna, onde havia escondido o tesouro da companheira.

Na noite seguinte, um jovem pobre, andava perto da região da caverna . Quando, repentinamente , avistou uma bola de fogo dourada e começou a segui-la até o local . Chegando lá, o moço descobriu o tesouro e ficou rico.

Numa outra noite, esta mesma moça voltou com o seu formato de bola de fogo, foi até a casa onde estava seu ex-marido e queimou a residência com o ex-companheiro junto.

Naquela mesma Vila, a moça descobriu que uma mulher era maltratada pelo marido. Então numa noite de Lua cheia o espírito da moça entrou no bordel que o marido da mulher frequentava, seduziu este homem e convenceu o rapaz a ir até a sua caverna. Chegando ao local, a moça matou esta pessoa. Assim a partir daquela noite esta moça passou a perseguir todos os homens que maltratavam as suas esposas. Dizem que esta assombração existe até hoje, indicando cavernas onde há jazidas de ouro para os merecedores e castigando os maridos maus.

Esta é uma das lendas da Mãe-do-Ouro.

*Esta versão foi coletada por: Luciana do Rocio Mallon.