quinta-feira, 20 de setembro de 2012


CANDIDATOS FESTEJADOS

Em tempos de Redes Sociais ativas, muitos candidatos montam uma pequena estrutura para festivamente propagarem-se pelas redes insanas, com suas complicadas prosopopéias políticas. Mesmo com a mudança rápida no processo efetivo de imagem dos candidatos, onde reduziu-se bastante o veículo impresso, e os informativos com propostas e projetos dos mesmos, foram substituídos apenas por uma placa de lona com uma foto de impressão digital, ou primariamente uma foto-notícia na rede de comunicação mundial, como proposta inteligível dos proponentes a uma vaga de funcionário público eleito. Fotos montadas que não querem dizer absolutamente nada. Só alguns iniciados - lá deles - é que devem entender as mensagens sub-liminares das tribos a que se dirigem, isso falando dos candidatos orgânicos que participam apenas para contar votos para sua coligação. os candidatos reais, esses atiram para todos os lados. Pois pesquisam e sabem de onde brotam seus votos.

Os famigerados carros de som, agora alçados a Controladoria Geral da Justiça Sonora, tiveram seus decibéis limitados, e praticamente inaudíveis cantarolam uma série de trilhas musicais, mistura de forró-baião-arrocha-lambada e um não-sei-mais-o-quê sonoro de péssimo gosto, ficou cafona demais. Melhor seria que os candidatos utilizassem esses cata-votos sonoros para delinear ao público ouvinte as suas propostas e como não dizer: as suas prometidas de campanha. Ficaria mais elegante!

Vamos aguardar o tão esperado fim desse processo de sufrágio universal, e ver como se comportam os midiáticos sem propostas, ante a plebe desacostumada com a linguagem especial dos poetas, digo dos políticos.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012



CRÍTICOS E CRÍTICAS

Assisto na nossa imprensa insana, uma série de livros, tratados e hipóteses as mais esdrúxulas possíveis sobre literatura, literatas, escritores e poetas. Esses últimos alçados a categoria de escritores menores que não aceitam críticas e que apenas eles se muito, se lêem. A necessidade sombria de sobreviver, permite que surjam esta casta de “pitaqueiros do trabalho alheio”. Pessoas, que por falta exclusiva da capacidade de produzir coisa melhor, dão-se ao luxo de publicar, e muitas vezes comentar sobre o que realmente pensam que entendem.

Assisto estupefato um desses críticos midiáticos, comparando os trabalhos de Djavan e de Vander Lee. Aristocraticamente o rinoceronte midiático, alfere ao cantor mineiro a alcunha de “genérico” do cantor alagoano. Talvez falte um pouco de cultura musical para entender as diferenças nada sutis entre Vander Lee e Djavan. Vander Lee tem formação clássica, vem de uma família musical, seu pai era um violonista amador e passou aos filhos o gosto pela música. Djavan é um músico intuitivo com grande capacidade de compor melodias, que instituiu um novo modo de produzir arranjos, com uma intuição sonora e invulgar e que construiu ao longo dos anos uma escola, para ser produzida e melhorada ao longo do tempo.

Lembro dos críticos, pois desde o horário eleitoral gratuito, assisto perplexo o pulsar azedo de meia dúzia de candidatos ao produzir uma série de asneiras mitológicas que assombram a capacidade de sentirmos o quanto estão tentando nos enganar. Criticando um passado vivo de asneiras e mazelas políticas.

Muitos deles se alçados aos cargos que pleiteiam, miraculosamente pensariam ser a Pedra Filosofal da sociedade política, e enveredariam pelos caminhos tortuosos da soberba e da arrogância. Caio Júlio César Imperador* romano do primeiro século, antes da era cristã, dizia que a configuração da arrogância vem do fato de falhar, se o ator consegue atingir os seus objetivos então não é arrogância, o que ele obtém é o sucesso.

Presenciamos no nosso cotidiano, as arrogâncias político-administrativas em carne viva, cidades e estados, mal cuidados, educandos sem formação e sem educar, educados sem conhecimento, saúde assoberbada por fraudes milionárias, impunes e recidivas. Planejamento urbano e saneamento básico relegados a um ostracismo cavalar, fruto da ignorância pulsante dos nossos funcionários públicos eleitos e de carreira.

Vamos usar nossa cidadania para criticá-los nas eleições, separar o joio do trigo, afinal como em Purificar o Subaé: mandar os malditos embora!