sexta-feira, 6 de abril de 2012


luiz caldas o filósofo do MRR

 
MRR  A  REVOLTA  DA  BAIXARIA

No inicio dos anos 80, um companheiro de trabalho, Reginaldo Toshiba, teorizava sobre a invasão cultural que penetrava o popularesco da música baiana e brasileira. Era época de inúmeras siglas que amendrodavam os militares, como: MR-8, Libelu, MRN, ALN, VPR, AP, POLOP, VAR, MOLIPO, FALN, são as que lembro, fora o PCB, o PCdoB e o POC.

Eis que Toshiba, nos alerta que havia mais um movimento revolucionário a compor o cenário da vida dos brasileiros: O MRR - Movimento Revolucionário Rasteiro. Ele morador de subúrbio em Salvador, era obrigado a assistir um desfile semanal do que pior existia em termos de música, nos veículos aparelhados de toca-fitas estrondosos e distorcidos, todos instalados por  japoneses.

Agora, 30 anos após essa invasão, uma deputada baiana, envia a assembleia legislativa um projeto de lei que vai tentar proibir os nossos governantes de gastar o dinheiro dos contribuintes com a contratação de atrações musicais que tenham em suas apresentações letras que atentem contra a dignidade das pessoas. Boa iniciativa.

O sonho de Toshiba era morar no Rio de Janeiro, e se ver livre do MRR da Bahia. Ele foi, mais não adiantou nada.

Luiz Caldas filosofa que a culpa é do governo: "Enquanto o estado não der educação de qualidade para as pessoas, elas vão ficar o tempo inteiro ouvindo músicas de baixo calão. Se a educação melhorar, naturalmente as pessoas vão se afeiçoar a produtos culturais de maior qualidade, e quem faz músicas com este tipo de letra será rejeitado. É simples assim. Não adianta agora tentar apagar o fogo quando tudo já foi destruído e não tem mais jeito".


Ele deve saber muito bem o que fala!!!!!!!!!!!!!

Um comentário:

  1. Recentemente Luiz Caldas foi multado em um show que realizava em Camaçari, porque cantou o seu clássico: Afrodescendente do cabelo crespo!

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