terça-feira, 17 de abril de 2012


Van Gogh
VAN GOGH - II

Leio nos periódicos da nossa imprensa insana, milhares de eventos anuais de suspeição flagrante da conduta ética no trato do interesse público. Na trajetória cotidiana do homem comum, muitos oportunistas se fazem presentes toda vez que a fortuna chega. Basta observar no seu estado ou na sua cidade, toda vez que se instala um cidadão como funcionário público eleito, como executivo ou legislativo, faz-se sempre um cerco de "vivaldinos", normalmente chefiado por um cara de pau maior, que sobre a proteção da mentira tenta extorquir o cidadão comum, senão o consegue extorquir diretamente, o faz sutilmente através do poder provisoriamente instalado e gerido por algum espírito de porco.

A Transparência Internacional faz publicar os estudos que realiza  em 183 países, sobre a  corrupção, onde conclui que é praticamente impossível acabar com ela e punir os corruptos. Para que se realizasse tal quimera, seriam necessários mecanismos jurídicos que possibilitassem o rastreamento, indicando de onde saiu e para onde foi o dinheiro, só nestes casos seria possível, a identificação e a punição dos corruptos e corruptores.

Produz a Transparência Internacional um relatório chamado de IFS (Índice de Fontes de Suborno) uma lista dos países que exportam as custas do suborno, estando relacionados alguns países entre eles China, seguindo-se de Coréia do Sul, Taiwan, Itália, Malásia, Japão, França, Espanha, Singapura, Estados Unidos e Alemanha. Na Alemanha a coisa era tão escandalosa que até pouco tempo, se permitia que as empresas descontassem os custos das propinas.

A Transparência Internacional também criou o IPC (Índice de Percepção de Corrupção), que tenta identificar a quantidade de dinheiro pedido aos agentes internacionais por funcionários públicos de alto escalão em 183 países. Nesta lista mundial da corrupção o Brasil está em 73º lugar.

Quando se analisa a causa da impunidade aos corruptos, especial atenção é dada ao aspecto político da questão, em face da freqüente falta de vontade política de enfrentá-la, devido ao fato de que a corrupção é um delito perpetrado nos círculos de poder. Nós estamos presenciando cada vez mais este tipo de delito, principalmente à nossa volta, e sempre os envolvidos são os mesmos !!!

No entanto, o que interessa ao blogueiro é saber, quem realmente vai cortar a orelha de Van Gogh?

3 comentários:

  1. eis realmente uma tarefa quase impossivel, porem devemos então tentar nos estruturar para monitorar cada vez mais o destino do nosso dinheiro para que ele não caia em "desgraça"

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  2. Meu primeiro comentário neste blog foi em abril, exatamente no reflexo de Van Gogh, sua orelha amputada e Gauguin. Nesta nova mirada, vejo-me entre corrupções, corruptores, propinas internacionais, impunidades,subornos, IFS e IPC (siglas principescas). Será que se vivos fossem Maquiavel ou Erasmo teriam uma resposta para a sua resposta: Quem vai cortar a orelha de Van Gogh?
    Hermes

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  3. Maquiavel e Erasmo, facilmente elegeriam ao homem sensato a tarefa de convencer a quase todos, praticar essa tarefa tão difícil.

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